terça-feira, 8 de novembro de 2011

O renascimento urbano

As cidades assumiam papeis diversificados durante o passar dos tempos. Na época do feudalismo, as cidades serviam apenas como centros religiosos e militares além de serem ligadas ao feudo. O crescimento delas só começou a surgir quando o comércio se expandiu.

Na época do feudalismo, o Senhor feudal tinha controle tanto no campo como na cidade. Não havia distinção de cidade e campo. No começo a maioria das cidades eram cercadas por altas muralhas, fazendo assim um núcleo urbano, chamado burgo. Mas com o aumento da população os burgos ultrapassaram os limites das muralhas. Então os habitantes dos burgos passaram a ser os comerciantes e artesãos, também chamados de burgueses. Com o progresso do comércio e do artesanato, o crescimento social da burguesia também foi notado. Estes eram homens livres de laços com senhores feudais.
Mas a partir do século XI, quando as cidades começaram a crescer e os burgueses aparecer, a situação mudou. Porque agora as cidades tinham ganho prestígio econômico e poder e os burgueses, começaram a se mexer a procura de sua autonomia em relação ao  feudo. Esse movimento de independência das cidades em relação ao feudo é chamado de movimento comunal.

Esse movimento serviu de base para o processo de emancipação de algumas cidades. Poderia ocorrer por duas maneiras: ou era por via pacífica , pagando-se ao senhor feudal; ou pelo uso das armas, através de combate. Se fosse por este meio, havia a união de reis e burgueses, onde as tropas serviam de instrumento de intimidação para os nobres aceitarem a liberdade dos burgos. Esse movimento foi do século XI ao XIII.

As cidades independentes( as comunas), começaram a planejar uma forma de governo- com direito a prefeitos e magistrados- que se encarregava de administrar e defender tanto as cidades como seus interesses, os burgueses de maior riqueza e poder ocupavam os principais cargos, elaboravam leis, criavam tributos, controlavam os impostos para fazer e manter a construção de obras e claro tinham política própria.

Com todos esses atrativos, as cidades passaram a ser um chamariz para os servos do campo se mudarem para a cidade. Elas passaram a ser encaradas como locais de segurança e liberdade para os que quisessem sair do poder do senhor feudal.

Embora se comprove que muitos dos camponeses que mudavam do campo para a cidade levavam uma vida difícil, visto que eram considerados trabalhadores desqualificados e ainda mal remunerados.

AS CORPORAÇÕES

Assim como o comércio crescia, o artesanato também. Com toda essa produção as cidades estavam cheias de comerciantes e artesões. Logo para defender seus direitos trabalhistas, essas duas categorias começaram a ser organizar em corporações.

» Corporação de mercadores ou guildas: esta representava os comerciantes, tinha por objetivo garantir o monopólio do comércio e controlar os preços das mercadorias. Podendo ser ou a nível local ou a regional.

» corporação de ofício: esta representava os artesões. Sua função era controlar a produção juntamente com a qualidade dos produtos comercializados nas cidades e garantir o monopólio das atividades profissionais. Elas também tinham função de ajudante ou melhor “assistente social”. Porque havia a união dos produtores para auxiliar os companheiros que não pudessem trabalhar.

Havia assim uma hierarquia na produção artesanal.

No topo da escala estava o mestre artesão ou mestre de ofício. Este era o proprietário de tudo, ferramentas, matéria-prima e o produto final. Ele tinha o conhecimento de todo processo da produção, contratava trabalhadores e estabelecia os salários. Nos dias de hoje , seria como um gerente de fábrica.

Depois dele estavam os oficiais ou companheiros, ou seja, os trabalhadores contratados por um salário. Logo depois vinha o aprendiz, que estava na base da escala. Este era subordinado ao mestre e estavam trabalhando para aprender o ofício. Por isso não eram pagos por seu trabalho e sofriam muito abuso.

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